domingo, 27 de março de 2011

Mas um poema no meu vazio,
Infinitos vazios me deixam doente,
Vou indo, lindo,
Sabendo que amanhã me cairá uma pedra sobre a cabeça,
E serei mais uma,
Mais uma lembrança
Torta e fria. Que lembrarei.
( Cintia Mara da Silva )

sexta-feira, 18 de março de 2011

Que mundo vivo?

Que dia molhado é esse?
Que me enche os olhos de água,
Que dia mais úmido e frio como este, salvaria o mundo,
Que vento ventaria o mais longe e profundo?
Que, o que seria este mundo?
Longo e for tuno, com pernas compridas.
Que óculos serviriam as pessoas?
Que tantas palavras caberiam a vida?
Que tantos olham o mar sem ter visto a vista.
Que, o que seria esse mundo?
Um pavio acesso a explodir bombas,
Que unifica nosso país?
Que versos caberia meus poemas a ser feliz!?
Vaga sem rumo o poema vazio,
Que aparece em ventanias e tempestades escuras.
Meu poema que sou! Me diz se sobrevivo a isso!?
Eu digo, sim.
Porque é uma dor que eu vivo, e sinto na alma das pessoas.
( Cintia Mara da Silva )

terça-feira, 8 de março de 2011

Guerra n° 1

Lagrimas caem ao chão,
Uma bomba explode,
E tudo fica cinza
Junto com outras cinzas,
As tristezas desse vendo a guerra da injustiça,
Das bocas que se fecham,
Do medo que grita baixinho,
Tremendo debaixo do porão,
Sobrevive dizendo eu sou livre.
( Cintia Mara da Silva )

terça-feira, 1 de março de 2011

A Caçada

Um apodrecimento,
velho, listrado, afastado, arrastado,
jogado fora, na lixeira,
na sujeira, a vida morre,
e fogem os ratos, os rostos se escondem
nas casas, nas lojas e dentro dos bueiros,
foge, a caçada se torna prisão, poeira,
ferrugem na linha do tempo corre,
sumindo na mascara da velhice,
dorme.
( Cintia Mara da Silva )