quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Como se faz as sombras

A noite latia com muitos sons,
As paredes choram com terras em-cimentadas,
As lâmpadas, acendem as ruas deserta,
E muitos dormindo sentados,
O chão estava quente do dia,
Como toda luz, a sombra do sol fez as sombras das coisas,
E tudo cai no invisível que não vemos,
Chamamos de escuro, e noite.
( Cintia Mara da Silva )

domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal

O Natal parece mais triste, morto quando crescemos, mais uma festa como todas as outra que existe. O Natal morreu para os velhos. [ Cintia Mara da Silva ]

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Cidade Apagada

A noite apagou a cidade,
a luz apagou entre ruas e avenidas,
as lojas se apagaram
os semáforos parou, os carros passavam,
o escuro não muda é preto,
não morre, sempre revive do outro lado,
as pessoas morre, e não revive,
o poeta é sempre vivo na morte e na vida,
mas por um instante as nuvens choveu,
muitas gotas vencidas de ontem, choveu hoje
apagando a cidade.
( Cintia Mara da Silva )

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vidro Quebrado

Todos os feijões na tigela vão mergulhando,
num vivo mar bêbado, as ondas surgem bêbadas,
esperando por alguém bailar sobre as algas em telhados secos.
Salgado é o gosto das nuvens que chora raivosas no passo do sol violeta.
A espera impaciente desse mundo vagabundo acabar.

Meu Deus! É o mundo contra maldades que nasce de rosas vermelhas carecidas de desejos.
Violento é o ar que respiramos,
onde as árvores torna inimigas dos pulmões.
( Cintia Mara da Silva )

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Morto

Um grande torto que cai macio,
bem leve pena afunda o mar.
As gigantes zonas mordidas
foram repartidas em fios,
foram dormindo nas escaladas,
outras cairam no rio,
virando peixe morreu calado,
e muito pó comido do morto
sobrou pra ser bebido.
( Cintia Mara da Silva )

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Vazio Sorrindo

Fico olhando aquele, aqueles dentes
com olhar maldoso de alegria.
Emburrecidas palavras, listadas, vazias,
no-velando o fio sorteado na ponta fina.
Colocando cigarras para cantar,
cantar no chiado radio que não chia.
Bagunçadas vozes, não escuto.

Enchendo de areia os olhos, em lágrimas caindo.
O fogo comia a árvore, cheia de aros que gira,
a árvore morria sorrindo,
nem mesmo saberia pra onde ir
a vida que se engolia sorrindo.
Sim! engole sorrindo
pra não falar que esta vazia.

Nem mesmo os mortos são mais mortos,
são espíritos que falam com gente viva!
São flores, são santos, são ventos que suspiram,
longe, tão longe do céu daqui, que está aqui.
... O que chamamos de PARAÍSO mesmo!?
Adão e Eva mordeu a fruta bondosa,
e saíram vagalumiando por aí, nas moitas.
Agora és nosso paraíso que sumiu?
De outras  benditas lágrimas, salgou o navio.
( Cintia Mara da Silva )

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Menina Que Não Morreu

A noite desce comprida
Nas águas quietantes,
Queima ao céu em nuvens chorosas,
Do sul em neblinas que sofria de frios.

Vidraças se quebram ao grito
Da menina que dormiu.
Dormiu morta!
Ao cantar de sono.

Ao dia acorda aquela dobra
Em roupas secas macias lembranças.
Vou deixar aqui porque ela deixou
As lindas imagens de vida.

E se perguntam radiante
Das flores deixadas a ela.
Imagens e santos
Para dormir com paz de anjo.

E acredita que foi engano
Do menino poeta!
Da outra poeira despensa
Nos cantos da roça vagando só.

O pássaro voou como dinossauro.
E a água se furou partindo as metades.
E as pessoas murmuraram à lua
Recontando o momento de lenços abraçados.
( Cíntia Mara da Silva )

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Queda de Braço. A força (Eleições)

Queda de braço, como uma balança pesando seus defeitos e ao mesmo pesando as qualidades. Eu só que ria pesar minha força com a sua força. Com toda as mãos do povo que não gosta de eleição. Claro! Isso seria muito importante para o Brasil!. _ Brasil!?
( Cintia Mara da Silva )

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pensei

Não existe imagem viva nos arredores dos campos,
E o gramado já não é verde de esperança,
Só lhe resta esperar mais um pouco, quem sabe,
Derrama o gás pelo vento e morremos de poluição.
Não! Não! Já sei! Nos mataremos de emoção em falta de verdades
Nos matemos de medo, em resolver nada.
Pesei que viver no Paraíso era tudo limpo
Em planícies que diz ser felizes para sempre.
( Cíntia Mara da Silva )

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vasto

Vasto mundo
vasto vazio que vaga
pela terra, pela pátria
pela morte fria
o canto das flores vaga!

Va-ga-ro-sa-men-te
me perco vagando,
ridículo eu não sei mais
onde estou pisando.
( Cintia Mara da Silva )

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vazio

Há um vazio
atrás da porta que lhe fecha,
atrás de cada olhar um vento úmido,
e o sorriso disfarça a tristeza
de cada verso estreito,
de cada rosa despedaçada,
a boca rachada, verdes caminhos
e vazias mentes na lateral do gol
se fecham em círculos abertos,
que disfarça o amor.
( Cintia Mara da Silva )