quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Menina Que Não Morreu

A noite desce comprida
Nas águas quietantes,
Queima ao céu em nuvens chorosas,
Do sul em neblinas que sofria de frios.

Vidraças se quebram ao grito
Da menina que dormiu.
Dormiu morta!
Ao cantar de sono.

Ao dia acorda aquela dobra
Em roupas secas macias lembranças.
Vou deixar aqui porque ela deixou
As lindas imagens de vida.

E se perguntam radiante
Das flores deixadas a ela.
Imagens e santos
Para dormir com paz de anjo.

E acredita que foi engano
Do menino poeta!
Da outra poeira despensa
Nos cantos da roça vagando só.

O pássaro voou como dinossauro.
E a água se furou partindo as metades.
E as pessoas murmuraram à lua
Recontando o momento de lenços abraçados.
( Cíntia Mara da Silva )

Nenhum comentário:

Postar um comentário